No primeiro dia, não precisei amamentar.
O João estava tão exausto que dormiu a noite inteirinha.
No segundo dia, o drama começou.
Eu simplesmente, não conseguia acomodá-lo para amamentar, ele não segurava o
bico direito, consequentemente, não sugava.
Detalhe, ele não sugando, não
estimulava o leite. Chegou a um ponto que o moleque gritava de fome e eu sem
saber mais o que fazer para amamentá-lo.
De tempos em tempos, vinha uma
enfermeira checar se eu tinha conseguido amamentar, falava que não, ai vinham
com uma tal de massagem nos seios pra estimular.
Teve uma que amassou meu seio tão
forte que gritei de dor (vontade de socar a cara dela até hoje).
No final do segundo dia, trouxeram
uma fórmula para poder alimentá-lo, mas ele não aceitou.
E a madruga foi de muito choro, e
frustração, quando ao amanhecer, finalmente ele conseguiu sugar até dormir.
Mas o drama da amamentação
perdurou pelos próximos 4 meses.
Bico rachado. Sentir muita dor.
Mas muita dor meeeeesssmo. De chorar quando ele conseguia sugar.
Ele sentiu muitas cólicas por
ingerir ar. Foram constantes ao longo desse período.
Meus filhos, os dois, sempre
mamaram muito, então a frequência era muito grande.
Amamentá-los levava de 1 a 1 hora
e meia. Várias e várias noites dormi na poltrona de amamentação, com o João
encaixado na almofada e eu com a cabeça jogada pra trás.
Eu me achava a pior das mães, por
detestar a hora de amamentar. Mas foi por tanta dor que senti.
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